Aliados criticam decisão de Cármen Lúcia que mantém Daniel Silveira afastado de mandato

Bruce Petersons
Bruce Petersons

O deputado federal Daniel Silveira vai continuar preso e sem poder exercer o mandato parlamentar. A decisão foi tomada pelo mestra do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia. Ela negou um mandado de segurança em que a defesa do deputado pedia para que ele voltasse a exercer o cargo. Daniel Silveira está preso desde 24 de junho e teve o celular apreendido. Por isso, não pode, nem remotamente, participar das sessões da Câmara dos Deputados. O pedido foi feito por meio de um recurso que tinha o presidente da Casa, Arthur Lira, como uma espécie de coautor. Cármen Lúcia considerou, no entanto, que uma decisão dela representaria uma interferência do Judiciário no poder Legislativo.

A defesa de Daniel Silveira também solicitava ao STF a devolução do aparelho celular para que o parlamentar pudesse dar continuidade ao mandato, mas o perdido foi negado pela ministra. A decisão dela foi criticada pelo vereador de Niterói, Douglas Gomes. “A ministra Cármen Lúcia, em sua decisão, disse que não pode interferir nos demais Poderes, mas se cala quando os seus colegas interferem diretamente tanto no Executivo quanto no Legislativo. O deputado federal Daniel Silveira está preso há 193 dias longe da sua família.” Daniel Silveira já tinha sido preso em outra ocasião por determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes, por ataques ao Supremo, a ministros da Corte e instituições democráticas e republicanas. Também permanece preso no Rio de Janeiro, desde a semana passada, o ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, por motivos bem parecidos.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga 

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