AO VIVO: CPI da Covid-19 ouve coronel que testemunhou suposto pedido de propina por vacinas; siga

Bruce Petersons
Bruce Petersons

A CPI da Covid-19 ouve, nesta quarta-feira, 4, o tenente-coronel da reserva do Exército Marcelo Blanco. Ex-assessor de Roberto Ferreira Dias no departamento de Logística do Ministério da Saúde, ele testemunhou o suposto pedido de propina de US$ 1 por dose na compra de 400 milhões de doses da AstraZeneca que teria ocorrido em um jantar no dia 25 de fevereiro em um restaurante em Brasília. Ouvido no dia 1º de julho, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti, que se apresentou como representante da Davati Medical Supply, disse que recebeu um pedido de vantagem indevida de Dias, indicado do Centrão para o cargo. No dia 15 de julho, Cristiano Carvalho, outro vendedor da Davati, afirmou que Dominguetti o reportou um pedido de “comissionamento” que seria endereçado ao “grupo do Blanco”. O coronel chega à comissão amparado por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a decisão, o depoente pode ficar em silêncio em perguntas que possam incriminá-lo, mas tem a obrigação de falar sobre fatos que testemunhou. Acompanhe a cobertura ao vivo da Jovem Pan:

11:48 – Coronel é confrontado sobre contatos dentro do Ministério da Saúde 

Marcelo Blanco é confrontado sobre sua relação com servidores do Ministério da Saúde e a intermediação feita com supostos vendedores, como Luiz Paulo Dominguetti. Há pouco, o presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), citou o fato de Blanco ter sido exonerado em janeiro deste ano, mas continuou na pasta. Em junho, há uma portaria assinada pelo número dois de Pazuello, Elcio Franco Filho, dispensando o depoente e nomeando um diretor substituto para o departamento de Logística.

11:12 – Blanco não viu ‘mal algum’ em levar Dominguetti a jantar com Roberto Dias 

Marcelo Blanco afirmou há pouco que sabia que Roberto Ferreira Dias, então diretor de Logística do Ministério da Saúde, estaria no restaurante Vasto, em Brasília, no dia 25 de fevereiro, e não viu “mal algum” em apresentar Luiz Paulo Dominguetti a Dias, mesmo sem avisá-lo. Vale destacar que o suposto pedido de propina teria ocorrido neste encontro.

10:52 – Randolfe diz que tratativa de Blanco ocorria antes de projeto que permitia compra de vacinas para o setor privado 

Nas mensagens mostradas, coronel Blanco e Dominguetti discutem supostamente sobre a venda de vacinas para o setor privado no início de fevereiro. O vice-presidente da CPI da Covid-19, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pediu a palavra para esclarecer que a primeira reunião para discutir o projeto de lei ocorreu no dia 18 de fevereiro. O PL foi aprovado no dia 23 de fevereiro e sancionado em 11 de março. Ou seja: a possibilidade de compra de vacinas por entes privados ocorreu depois das conversas exibidas. O presidente, Omar Aziz (PSD-AM), disse que Blanco poderia ter informações privilegiadas, uma vez que as leis ainda não existiam.

10:35 – Blanco diz que foi procurado por Dominguetti no início de fevereiro 

Marcelo Blanco afirmou que foi procurado pelo cabo da PM de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti no início de fevereiro. Ele mostra mensagens trocadas pelo WhatsApp com o suposto vendedor da Davati Medical Supply. Segundo o depoente, no início, tratavam sobre a venda de vacinas para o setor privado – à época, havia um projeto de lei tramitando na Câmara dos Deputados. O ex-assessor do Ministério da Saúde admitiu que não procurou informações sobre a idoneidade da Davati.

10:24 – Aziz lê decisão de Fux que dá à CPI a prerrogativa de avaliar se depoente abusa do direito ao silêncio

O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), fez a leitura da decisão do ministro Luiz Fux em agravo regimental apresentado pela comissão no dia em que a diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, depôs à comissão. O presidente do STF deu ao colegiado a prerrogativa de avaliar se o depoente abusa do direito ao silêncio. O entendimento será aplicado na oitiva do coronel Blanco.

10:19 – Coronel Blanco é chamado ao plenário 

O depoente é chamado ao plenário da CPI. Ele está amparado por um habeas corpus, concedido pelo STF, que lhe dá o direito de ficar em silêncio em perguntas que possam incriminá-lo.

10:16 – Sessão é iniciada

Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid-19, abriu os trabalhos desta quarta-feira, 4.

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