AO VIVO: CPI da Covid-19 ouve ministro Wagner Rosário, da CGU

Bruce Petersons
Bruce Petersons

Três meses depois da aprovação de sua convocação, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, depõe nesta terça-feira, 21, à CPI da Covid-19. A oitiva deve ser marcada por uma espécie de guerra de narrativas entre senadores governistas e membros do G7, o grupo majoritário da comissão, formado pelos parlamentares oposicionistas e independentes. De um lado, os aliados do presidente Jair Bolsonaro pretendem questionar o chefe da CGU sobre as operações que miraram desvios de recursos por Estados e municípios – o requerimento de convocação é de Eduardo Girão (Podemos-CE). Em contrapartida, a cúpula do colegiado quer saber quais medidas foram tomadas por Rosário diante de denúncias de irregularidades em negociações do Ministério da Saúde.

Na última semana, quando os senadores receberam o lobista Marconny Albernaz de Faria, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), chamou Wagner Rosário de “prevaricador”. Em outubro do ano passado, a CGU, o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal deflagraram a Operação Hospedeiro, que mirou um grupo acusado de desviar pelo menos R$ 1,6 milhão do Instituto Evandro Chagas, órgão ligado ao Ministério da Saúde. Mensagens encaminhadas pelo MPF aos senadores apontam que Faria participou da elaboração de uma “arquitetura da fraude” a uma licitação da pasta e, de acordo com os parlamentares, não tomou providências.

“O que ele tem que explicar não é as operações que ele fez, é a omissão dele em relação ao governo federal. Tem que vir, mas não tem que vir para jogar para a torcida, não. Ele vai jogar aqui é no nosso campo. E Wagner Rosário, que tinha acesso a essas mensagens [sobre negociações de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde] desde 27 de outubro de 2020, ele é um prevaricador”, disse Aziz. Acompanhe a sessão ao vivo: 

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