Após dois adiamentos, a Anatel vota versão final do edital do 5G nesta sexta-feira

Bruce Petersons
Bruce Petersons

Após dois adiamentos, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vota nesta sexta-feira, 25, a versão final do edital do 5G. A aprovação do conselho de diretores da entidade é o último passo para a publicação do certame. Inicialmente, a votação estava marcada para acontecer em 10 de setembro, mas foi adiada para o dia 13 a pedido do relator, o conselheiro Emmanoel Campelo. Posteriormente, um pedido vistas do conselheiro Moisés Moreira, após o presidente Jair Bolsonaro editar dois decretos que tentavam destravar a votação, levou a um novo adiamento. No leilão da tecnologia 5G vão ser oferecidas quatro faixas de frequência de internet de quinta geração, com direito de exploração de 20 anos. As empresas vencedoras terão algumas contrapartidas a serem feitas em forma de investimento, como realizar a instalação de cabos de fibra ótica na Amazônia e a construção da rede privada para o governo.

As companhias vencedoras também deverão cumprir alguns compromissos, como levar internet de qualidade a escolas e garantir a tecnologia 5G para todas as cidades com mais de 30 mil habitantes até 2028. O objetivo é levar internet para 40 milhões de pessoas que atualmente não estão conectadas a previsão da União é atrair cerca de R$ 40 bilhões em investimentos. O governo federal defende a realização do leilão em outubro para manter o cronograma do Ministério das Comunicações, que prevê a instalação do 5G em todas as capitais até julho do ano que vem.

Um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, desde o ano passado, cresceu 350% o número de localidades que já usam a tecnologia 5G em redes exclusivas. Ao todo, são 1.336 municípios em 10 países. A entidade aponta que a tecnologia mais rápida garante melhor adequação do estoque à demanda do mercado, a customização de produtos de forma ágil à necessidade do cliente, aumento da segurança do trabalhador e maior eficiência no uso de recursos, como água e energia, evitando o desperdício e reduzindo custos.

*Com informações do repórter João Vitor

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