Augusto Aras faz peregrinação e intensifica campanha por recondução a PGR

Bruce Petersons
Bruce Petersons

O procurador-geral da República, Augusto Aras, está em campanha para ser reconduzido ao cargo. Apesar de não figurar entre os nomes preferidos pelos procuradores para estar à frente do Ministério Público Federal, Aras foi novamente indicado pelo presidente Jair Bolsonaro. Antes de assumir o segundo mandato, no entanto, ele precisará passar com uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça e, em seguida, ter o nome aprovado pelo plenário da Casa. É justamente para garantir que seja reconduzido que Augusto Aras tem feito uma verdadeira peregrinação em gabinetes no Congresso Nacional. Na terça, ele esteve com os senadores Jorginho Mello e Messias de Jesus.

Nesta quarta, pouco antes do inicio dos trabalho da CPI da Covid-19, se reuniu por mais de uma hora com Marcos Rogério. Em seguida, visitou o gabinete do tucano Antônio Anastasia. Após o encontro, o PGR foi questionado e não quis responder sobre as críticas que o presidente Jair Bolsonaro tem feito em relação ao sistema eleitoral brasileiro. Esse, inclusive, deve ser um dos principais pontos da sabatina a qual ele deve ser submetido ainda em agosto. Não só os senadores, mas também colegas do Ministério Público, têm se incomodado com a postura de Augusto Aras sobre essa questão.

Subprocuradores avaliam que, quanto menos Aras se pronunciar e tomar posições em relação a situação, mais as outras cortes, como o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal, assumem as rédeas da situação. De qualquer forma, há um entendimento de que o silencio do PGR está cada vez mais difícil de ser mantido já que ele vai precisar se manifestar sobre representações que começaram a chegar ao STF e TSE após a live em que o presidente da República atacou o sistema eleitoral, mas admitiu que não tem provas das tão alegadas fraudes nas urnas eletrônicas.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado 

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