Caixa e BB permanecem na Febraban após polêmica com manifesto que pede harmonia entre Poderes

Bruce Petersons
Bruce Petersons

A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil definiram pela permanência na Federação Brasileira de Bancos (Febraban), após a entidade se afastar do manifesto que pede a harmonia entre os Poderes encabeçado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Nesta quinta-feira, 2, a associação financeira afirmou que “não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp”, apesar de reafirmar o apoio ao teor da nota. Segundo apurou a Jovem Pan, a solução adotada pela entidade satisfaz o interesse dos bancos públicos. A Febraban se comprometeu a não assinar o manifesto, nem publicar uma nota própria, a principal exigência da Caixa e do BB para não se desfiliarem. A saída dos bancos públicos foi cogitada na semana passada após a Febraban endossar o manifesto “A Praça é dos Três Poderes”. O texto, que já conta com a adesão de mais de 200 signatários dos setores financeiro e empresarial, estava previsto para ser divulgado nesta terça-feira, 31. O ato, porém, foi suspenso após uma reunião entre o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). Segundo a Fiesp, o recuo foi para que mais apoiadores assinem a nota. Ainda não há previsão para a publicação.

Em nota, o Banco do Brasil afirmou que o episódio deve reforçar o diálogo entre os associados. “Chegamos a um entendimento que é fruto de discussões respeitosas entre as partes e que não inibe a livre expressão de qualquer membro da Federação. O comunicado da Febraban, por um lado, reafirmou sua convicção pelo conteúdo pacífico e equilibrado do manifesto e, por outro, acena ao BB e à CEF quando registra a desvinculação do movimento liderado pela Fiesp, contribuindo para a solução do impasse”, disse o presidente do banco, Fausto Ribeiro. A Caixa se limitou a afirmar que “o caso está encerrado e não tem mais nada a acrescentar”.

No comunicado divulgado nesta quinta-feira, a Febraban criticou a decisão da Fiesp em adiar a publicação do texto sem consultar as demais entidades. A associação também afirmou que o assunto está encerrado e “manifesta respeito pela opção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do manifesto”. “A Febraban confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa”, informou a associação.

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