Com risco de calote da chinesa Evergrande, Bolsa cai mais de 3% e dólar sobe a R$ 5,32

Bruce Petersons
Bruce Petersons

Em meio ao medo de um calote da empresa do setor imobiliário Evergrande, da China, o Ibovespa caiu 3,39% em relação ao fechamento da última sexta-feira. A Bolsa estava nos 107.658,01 pontos às 13h55 desta segunda-feira, 20. Com isso, o dólar comercial subiu 0,88%, cotado a R$ 5,329. A Evergrande tem dívidas de US$ 300 bilhões que vencem nessa quinta-feira e ameaçam a economia da China. O temor é de calote, o que pode afetar bancos, investidores e outras incorporadoras do país. As Bolsas da Europa também fecharam em queda, além das americanas. Em Nova York, o S&P500 teve queda de 2,14%, o Dow Jones de 2,12%, e o Nasdaq de 2,64%. A Bolsa de Londres fechou em queda de 0,86% e a de Frankfurt de 2,31%.

A B3, a Bolsa Brasileira, teve uma perda praticamente generalizada. Entre as maiores quedas estão a PetroRio, com 8,22%, seguida da Braskem (-7,83%) e Via (-6,62%). A Vale ON caía mais de 5%, enquanto a CSN ON recuava 5,03%. Entre os grandes bancos, Bradesco ON teve uma queda de 4,8%, Petrobras ON de 3,06% e PN de 3,65%. Além da Evergrande, também provocam ansiedade as reuniões de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) nos EUA e do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil. As decisões de juros sairão na quarta-feira, 22, e a previsão para esta reunião é de um aumento de um ponto na Selic, que iria a 6,35% aa. Outra questão que gera expectativa é o discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, 21. Nesta segunda, Bolsonaro se reunirá em Nova York com o primeiro-ministro do Reino UnidoBoris Johnson. Conforme declarações anteriores, a espera é que ele aborde durante o discurso de abertura da sessão de debates temas como a superação da Covid-19 e a questão do marco temporal.

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