Constantino: ‘Acreditar no Talibã moderado é como acreditar no Lula paz e amor’

Bruce Petersons
Bruce Petersons

Em entrevista coletiva no fim da tarde de hoje, o porta-voz do grupo radical islâmico Talibã afirmou que será praticada no Afeganistão uma administração inclusiva, com a participação de todos. Segundo o porta-voz, uma das metas é livrar o país das drogas, já que autoridades internacionais alegam que os negócios prosperam no país graças ao tráfico de drogas. No fim de semana passado, o grupo extremista aproveitou a retirada das tropas dos Estados Unidos e tomou a capital Cabul, retomando o poder após quase 20 anos. Em trabalho conjunto das Forças Armadas dos EUA, da Turquia e forças internacionais, foram retomados os voos militares que deixam o país asiático. Outro anúncio feito pelo Talibã é de haverá uma anistia geral aos funcionários públicos e pediu que todos retornem ao trabalho. O Talibã também afirmou que irá respeitar os direitos das mulheres dentro da lei islâmica. Ao ser questionado se mulheres poderiam trabalhar como jornalistas, o porta-voz não deu uma resposta conclusiva.

Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, o comentarista Rodrigo Constantino afirmou que o Talibã é um grupo “extremista” e “radical” que foi fundado por um guerreiro e que acreditar em uma versão moderada do grupo é “ridículo”, fazendo uma analogia à situação política brasileira. “Acreditar no Talibã moderado, que teve um banho de governança e modernização, para fazer uma analogia  e trazer para a nossa realidade do Brasil e para o ouvinte entender melhor, é como acreditar no ‘Lulinha’ paz e amor, ou numa promessa de que Suzane von Richthofen vai ser uma boa filha daqui pra frente. É ridículo isso. O Talibã é um grupo extremista, fundamentalista e radical. Eles dizem que vão respeitar as mulheres dentro da lei islâmica, e isso vai servir para mostrar ao mundo o que é o Islã. Muita gente fala do radicalismo islâmico mas esquece que o islã é, na sua essência, radical. Ele não foi criado por figuras como Jesus ou Buda, mas sim por um guerreiro empedernido. Na largada, já tem uma pegada diferente”, afirmou Constantino. Em outro momento, falou sobre a lei islâmica para mulheres e que as feministas conhecerão a diferença entre civilização e barbárie. “Isso vai ficar claro agora, porque a Xaria não é a melhor coisa que pode acontecer para as mulheres não. E vai ser curioso imaginar as feministas que gostam de atacar o ocidente, as vezes algumas mais radicais que gostam de esfregar suas partes nuas no rosto de padres, que vão entender a diferença entre civilização e barbárie”, afirmou.

Confira a íntegra do programa desta terça-feira, 17: 

Share This Article