El Chapo denuncia condições ‘desumanas’ em cela solitária nos EUA

Bruce Petersons
Bruce Petersons

O narcotraficante mexicano Joaquín ‘El Chapo’ Guzmán, que cumpre prisão perpétua em uma prisão de segurança máxima nos Estados Unidos, afirmou que o seu confinamento em uma cela solitária é cruel e desumano, equivalente “à tortura física e mental”. O homem, que liderou o cartel de Sinaloa, passa a maior parte do seu tempo em um espaço de 2 metros de largura por 3,5 metros de comprimento na prisão de segurança máxima de Florence, na Califórnia. Ele só deixa a sua cela duas horas por semana, quando é levado a um pátio de 9 metros quadrados. Os advogados de El Chapo também dizem que, apesar do seu cliente falar apenas espanhol, os funcionários da penitenciária só se dirigem a ele em inglês e negam acesso a canais e programas educacionais em seu idioma. Além disso, o narcotraficante se queixa da limpeza da sua cela e da quantidade e qualidade dos alimentos que recebe.

Essa não é a primeira vez que El Chapo faz reclamações relacionadas ao seu encarceramento. No tempo em que permaneceu no Centro Penitenciário Metropolitano de Nova York, ele acusou as condições de serem “extremamente restritivas”. Diante de repetidas reclamações de seus advogados, que em junho de 2019 pediram que seu cliente pudesse passar duas horas no pátio daquela prisão, o juiz Brian Cogan rejeitou a exigência. Ele considerou que o confinamento tinha “o objetivo legítimo de impedi-lo de escapar da prisão ou ordenar qualquer ataque contra indivíduos que cooperassem com o governo”. Recentemente, a esposa de El Chapo foi presa no Aeroporto Internacional de Dulles, na Virgínia.

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