Em plena Olimpíada, mundo relembra horror nuclear no Japão

Bruce Petersons
Bruce Petersons

Há 76 anos, as bombas atômicas jogadas sob Hiroshima e Nagasaki, no Japão, são pesadas pelo mundo e o trauma são sentidos até hoje. Os dias 6 e 9 de agosto são marcados para sempre como as datas em que ambas cidades sofreram, em 1945, os ataques norte-americanos. Em Hiroshima, mais de 140 mil pessoas morreram em decorrência da bomba e as ruínas deixadas se tornaram um memorial para que a humanidade jamais esqueça o que aconteceu. A data foi lembrada nesta sexta-feira, 6, com um minuto de silêncio às 8h15, no horário local. Três dias depois ao primeiro ataque, Nagasaki também sofreu com uma bomba atômica, que matou mais de 74 mil pessoas. Na época, os americanos bombardearam as cidades em resposta ao ataque japonês em Pearl Harbor. Depois das bombas atômicas, o Japão se rendeu, encerrando a Segunda Guerra Mundial.

Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro do país, Yoshihide Suga, prestou condolências às vítimas e lamentou que até hoje tenham pessoas sofrendo os efeitos da radiação. O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Antônio Guterres, também lembrou a tragédia e disse que o mundo só estará a salvo se os governos respeitarem o tratado de não proliferação nuclear. Ele afirmou que a garantia que uma bomba atômica nunca mais será usada é a total eliminação dos arsenais nucleares. O documento de não-uso nuclear foi assinado pelas principais potencias do mundo 23 anos depois do ataque dos Estados Unidos a ao Japão. No entanto, atualmente, além dos norte-americanos, a Rússia e China estão entre as nações que possuem armas atômicas. O tratado também foi assinado por dezenas de outros países que, embora não tenham arsenal, se comprometem a respeitar as regras.

*Com informações de Adriana Mabilia

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