EUA analisam possíveis ameaças terroristas contra norte-americanos no Afeganistão

Bruce Petersons
Bruce Petersons

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu nesta quinta-feira, 19, com sua equipe de segurança nacional para discutir possíveis ameaças terroristas contra norte-americanos no Afeganistão, que podem incluir ataques do grupo do Estado Islâmico (EI). Em um comunicado enviado à imprensa, um funcionário da Casa Branca informou que a reunião também analisou os esforços diplomáticos, a situação da segurança e as últimas informações de inteligência no país da Ásia Central. A conversa também serviu para que Biden e a vice-presidente Kamala Harris fossem informados da operação para retirar os soldados, funcionários dos EUA e seus colaboradores afegãos do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul. Ao todo, cerca de 20 mil pessoas foram retiradas do país: 7 mil desde o último sábado, 14, e entre 12 e 14 desde o final de junho.

A reunião com Biden e Harris teve a presença dos secretários de Estado, Antony Blinken, e de Defesa, Lloyd Austin, bem como do Chefe do Estado-Maior general Mark Milley, da diretora de Inteligência Nacional, Avril Haines, e do conselheiro de Segurança da Casa Branca, Jake Sullivan. O Pentágono informou hoje que os EUA permitiram mais acessos ao aeroporto de Cabul para acelerar a evacuação. De acordo com dados atualizados, há atualmente mais de 5,2 mil soldados norte-americanos na capital afegã e seu aeródromo permanece “seguro e aberto para operações de voo”. Segundo o Pentágono, o Talibã não está interferindo no processo de evacuação dos americanos, embora tenha admitido que há relatos de que estão bloqueando o acesso ao aeroporto de afegãos que desejam partir em voos dos Estados Unidos.

Em entrevista à “ABC News” publicada em trechos nesta quarta, Biden afirmou que as tropas de seu país poderiam permanecer em Cabul depois de 31 de agosto para completar a retirada dos cidadãos americanos. De acordo com o presidente, ainda há entre 10 mil e 15 mil americanos no Afeganistão que precisam ser evacuados, além de entre 50 mil e 65 mil afegãos e suas famílias que os EUA querem retirar do país. O porta-voz do Departamento de Defesa, John Kirby, enfatizou que decisões para alterar o prazo de 31 de agosto para completar a retirada de todas as tropas americanas do Afeganistão não foram tomadas até o momento. Protestos feitos por moradores foram realizados em algumas províncias do país contra a presença das forças insurgentes.

*Com informações da EFE

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