Fóssil de 99 milhões de anos mostra ‘instinto materno’ de aranha pré-histórica

Bruce Petersons
Bruce Petersons

Um estudo realizado pelo Departamento de Geologia da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, analisou aquela que pode ser a evidência mais antiga do mundo envolvendo aranhas. Um pedaço fossilizado da resina de uma árvore retirada de Myanmar, na Ásia, datado de 99 milhões de anos atrás, mostra o aracnídeo protegendo com seu próprio corpo os ovos de filhotes de alguns animais recém-nascidos. Em conversa com o jornal Live Science os pesquisadores explicaram que o animal faz parte da família dos Lagonomegopidae, grupo que existiu durante o período cretáceo e hoje está extinto.

Eles contaram que a evidência mostra um senso de “proteção” por parte da mãe-aranha, algo que ainda pode ser encontrado em animais da espécie. A suspeita dos pesquisadores é de que a família estivesse sob uma árvore quando a resina pingou dela e “engoliu” todos. O material fossilizado, que foi analisado com ajuda de equipamentos de raio-X, ficou até mesmo com as teias que envolviam os ovos das aranhas preservadas. Outros pedaços de resina mostraram grupos menores de recém-nascidos próximos à mãe e reforçam a ideia de proteção dos filhos. “Esse é um típico comportamento de uma aranha fêmea, que foi flagrado na hora certa pelo processo de fossilização”, afirmou um dos responsáveis pelo estudo, professor Paul Seden.

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