Indústrias Brasileira e Japonesa Defendem Parceria Econômica: A Necessidade de um Acordo Japão-Mercosul

Bruce Petersons
Bruce Petersons

A relação econômica entre o Brasil e o Japão tem sido um pilar estratégico para ambas as economias, e um recente pedido formal das principais entidades industriais de ambos os países busca aprofundar ainda mais esses laços. No dia 26 de março de 2025, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) do Brasil e a Keidanren, entidade representativa da indústria japonesa, assinaram uma declaração conjunta solicitando a criação de um Acordo de Parceria Econômica (EPA) entre o Japão e o Mercosul. Esse acordo é visto como um passo fundamental para fortalecer as relações bilaterais e promover o comércio entre as duas regiões.

O Fórum Econômico Brasil-Japão, realizado em Tóquio, foi o palco dessa importante assinatura. Com a presença de 300 participantes, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, o evento simbolizou o interesse mútuo por um relacionamento mais robusto e fluido no campo econômico. Este fórum, que discutiu temas como inovação, comércio e parcerias estratégicas, foi organizado pela CNI e pela Keidanren, com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), demonstrando a união de esforços em busca de um futuro mais integrado para as economias brasileira e japonesa.

O pedido de um Acordo de Parceria Econômica Japão-Mercosul surge em um contexto de crescente globalização e transformação nas cadeias produtivas. Para as indústrias brasileira e japonesa, um EPA proporcionaria um ambiente mais favorável ao aumento de investimentos, à ampliação do comércio de bens e serviços e à cooperação tecnológica. Ao se unirem para solicitar essa parceria, as duas entidades mostram que o momento é agora para impulsionar a troca comercial entre os dois países, criando uma ponte estratégica entre o Japão, o Brasil e os demais membros do Mercosul.

Além disso, o Acordo de Parceria Econômica entre o Japão e o Mercosul também é visto como uma oportunidade de fortalecer a competitividade das indústrias de ambos os países no cenário global. A eliminação de barreiras tarifárias e a facilitação do comércio bilateral seriam fundamentais para integrar ainda mais as economias desses países, promovendo uma maior colaboração no setor tecnológico, automotivo, agrícola e de inovação. O Brasil, com sua vasta produção agrícola e recursos naturais, e o Japão, com sua liderança em tecnologia e manufatura de ponta, poderiam se beneficiar imensamente dessa parceria.

O evento em Tóquio também marcou um momento de celebração das relações diplomáticas entre o Brasil e o Japão, que completam 130 anos em 2025. A história de cooperação entre esses países é longa e repleta de realizações, mas a assinatura da declaração conjunta entre a CNI e a Keidanren sublinha a necessidade de avançar para novas formas de colaboração que atendam às demandas contemporâneas de comércio e desenvolvimento. A construção de um ambiente mais favorável ao comércio bilateral não só atenderia aos interesses econômicos de ambos os países, mas também contribuiria para o fortalecimento da posição do Mercosul no mercado global.

Em um cenário internacional marcado por tensões comerciais e desafios econômicos, as indústrias de Brasil e Japão veem no Acordo de Parceria Econômica uma forma de garantir a continuidade do crescimento e da prosperidade. A troca de expertise e a inovação tecnológica, que são pontos fortes do Japão, poderiam ser alavancadas por meio de um mercado mais aberto e acessível, enquanto o Brasil, com seu mercado em expansão e sua oferta de produtos estratégicos, representaria uma plataforma importante para os interesses comerciais japoneses.

A criação desse acordo não beneficiaria apenas as grandes indústrias, mas também abriria portas para pequenos e médios empresários em ambos os países. A facilitação de acordos comerciais e o aumento da troca de produtos e serviços incentivariam um ambiente de maior colaboração, criação de empregos e inovação. A longo prazo, um EPA Japão-Mercosul fortaleceria a economia regional e contribuiria para o desenvolvimento sustentável, um dos pontos mais discutidos nos fóruns empresariais.

A assinatura da declaração conjunta entre a CNI e a Keidanren não é apenas um pedido de negociação, mas um reflexo do desejo de ambas as nações de se posicionarem de forma estratégica no cenário global. O Acordo de Parceria Econômica é mais do que uma simples formalidade: é uma necessidade para garantir que o Brasil, o Japão e os países do Mercosul continuem a crescer juntos, acompanhando as mudanças no comércio global e oferecendo melhores perspectivas para suas indústrias, empresários e cidadãos. O momento de agir é agora, e as indústrias brasileira e japonesa estão prontas para aproveitar essa oportunidade única.

Autor: Bruce Petersons
Fonte: Assessoria de Comunicação da Saftec Digital

Share This Article