Israel tem nova onda de Covid-19 e prevê que hospitalizações quadruplicarão em setembro

Bruce Petersons
Bruce Petersons

Diante do aumento de novos casos da Covid-19 em Israel, que bateu recorde com mais de seis mil casos da doença registrados em 24 horas na segunda-feira, 9, membros da pasta da Saúde do país conversaram com o primeiro-ministro Naftali Bennett nesta quinta-feira, 12, sobre a necessidade de expandir a capacidade hospitalar para receber novos pacientes nas próximas semanas. Segundo o jornal Times Of Israel, um estudo mostrado pelos especialistas da área a Bennett em uma reunião a portas fechadas projetou que, no ritmo atual do avanço da doença, 4,8 mil pessoas devem precisar de hospitalização até o dia 10 de setembro. Metade delas pode apresentar um quadro grave da Covid-19. Os dados levam em consideração as últimas semanas de informações clínicas do país e projetam que o número de hospitalizados deve dobrar a cada 10 dias. Atualmente, 694 pessoas estão hospitalizadas, 62 delas tratadas com ventilação mecânica. O número significaria a quadruplicação dos casos hospitalares registrados atualmente.

A sugestão dada pelas equipes da saúde foi que 100 médicos, 500 enfermeiros e 200 paramédicos fossem contratados a cada 10 dias para conseguir lidar com a demanda local. Com isso, o país deve acelerar os trâmites de contrato com 3 mil estudantes e trazer paramédicos e médicos militares que estão em outros países de volta. Acampamentos de verão e cuidados especiais após as aulas devem ser providos aos filhos dos trabalhadores da saúde e a capacidade do sistema de cuidado geriátrico do país deve ser expandida para evitar a hospitalização das pessoas idosas. O país, que iniciou a terceira dose de reforço da vacina contra o novo coronavírus para imunossuprimidos, também estendeu o público alvo do aumento de imunidade para os idosos. Até o momento, quase metade desse grupo já foi contemplada com a terceira dose.

O aumento de casos em Israel também acendeu o alerta internacional. Ainda nesta sexta-feira, 13, a Alemanha adicionou o país na lista dos “destinos de alto risco”, assim como os Estados Unidos, Turquia, Montenegro e Vietnã. Com isso, a partir deste domingo, qualquer pessoa que chegue desses destinos ao país europeu e não tenha sido vacinada deverá passar por 10 dias de quarentena. Segundo estatísticas governamentais, até o momento, 929 mil casos da doença foram registrados, 44,7 mil estão ativos, 6,6 mil pessoas morreram e 453 pacientes são considerados como casos graves da doença. Mais de 5,4 milhões de pessoas tomaram a segunda dose do imunizante, que diminui as hospitalizações e sintomas graves da doença, mas não impede a contaminação.

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