Na última quinta-feira, 23, a polícia do Rio de Janeiro cumpriu ao menos 15 mandados de prisão de 23 expedidos pela Justiça na operação Blood Money, que significa “dinheiro sangrento”, contra membros de uma milícia que movimentou quase R$ 9 milhões no último ano. A ação foi realizada em duas comunidades da zona oeste da capital, Rio das Pedras e Muzema. Os milicianos usavam diversas pessoas e empresas de fachada para movimentar dinheiro ilícito. Eles também faziam investimento em criptomoedas, para mascarar os recursos. Uma construtora também foi alvo de um dos mandados de busca e apreensão da operação. A empresa já é alvo de outro inquérito, que apura a morte de 24 pessoas após o desabamento de um prédio erguido por ela em Muzema, em 2019. Os donos da construtora foram presos em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, também na zona oeste. Os milicianos detidos são acusados de posse e loteamento ilegal de terrenos, desmatamento e venda e aluguel de imóveis irregulares. Todos vão responder por associação criminosa.
