Queda da USP em ranking internacional sobre estudos clínicos mostra que o Brasil está doente

Bruce Petersons
Bruce Petersons

Não é novidade para ninguém que o Brasil é o país das notícias ruins. E faz por merecer. Governado como é, só tem que estar sempre no fundo do poço, em qualquer setor. As notícias ruins fazem parte do nosso histórico social. Não pode ser diferente. Faz parte da nossa miséria, agora mais aguda com a pandemia que levou milhões de pessoas a viver abaixo da linha da pobreza absoluta. Como conseguir uma boa notícia num país assim, onde as chamadas autoridades vivem numa fogueira de vaidades que não termina nunca? Nunca se entendem. Tudo é feito por meio de manobras indecentes. Na área social, para citar apenas isso e basta, mais de 20 milhões de famílias brasileiras estão com os pratos vazios em cima da mesa. O povo come restos de restaurantes e de residências, quando consegue. Como conseguir uma notícia boa que nos orgulhe? Impossível.

Entre as más notícias, há agora mais uma da qual devemos nos “orgulhar”. A Universidade de São Paulo (USP) caiu 10 posições no ranking internacional das universidades para estudos clínicos. Sendo este um país doente, seria de se acreditar que o ensino clínico deveria ser uma prioridade. Mas não é. Na verdade, o Brasil não tem prioridade nenhuma. As coisas vão acontecendo e ponto final. O levantamento que revela a queda da USP foi realizado pela revista britânica “Times Higher Education” (THE), com os resultados divulgados na quinta-feira, 16, mostrando que a USP caiu da 74ª posição em 2021 para a projeção de 84ª em 2022. A THE não informou quais os motivos que levaram a USP a essa queda. Para completar, a revista britânica observou que a USP caiu, também, no item entre as melhores universidades do mundo. Outras seis universidades brasileiras despencaram nesse ranking. Quer dizer: é mesmo uma lástima. Entre um dos motivos já conhecidos destaca-se o menor volume de citações em artigos científicos e redução na qualidade de ensino. Na verdade, são assuntos que não importam ao governo.

As melhores universidades do mundo estão no Reino Unido e nos Estados Unidos, como a universidade de Oxford, Harvard e Colégio Imperial de Londres, que ocupam, respectivamente, o 1º, 2º e 3º lugares. A única estreante no ranking, também chamado de Top 10, é a universidade chinesa Tsinghua, que saltou do 32º lugar para a 7ª posição, pulando 25 posições em apenas um ano. Olha a China aí, a futura dona do mundo em todos os setores da vida. Na verdade, a USP é uma universidade decadente. Uma universidade para gente rica, paga com o dinheiro pouco dos pobres. A USP é um desfile de carros de último tipo e uma universidade de muita farra e vagabundagem, sem generalizar. O que mais se aprende atualmente na USP é fumar maconha, coisa que se tornou normal no campus universitário. E também participar de festas irresponsáveis que, muitas vezes, terminam em morte.

O estudante que será médico no futuro terá no seu passado esses horrores. O que menos se faz na USP – sem generalizar, repetindo – é assistir aulas. Os meninos ricos gostam de estudar na USP, onde entram com facilidade, porque têm melhor preparação para o vestibular. Os estudantes pobres trabalham o dia inteiro e frequentam escolas periféricas à noite. Assim, os menininhos ricos deitam e rolam numa universidade que já foi um dos orgulhos brasileiros. Não é mais. O que se vê lá é um bando de gente desocupada e outro bando desfilando seus carrões e também menininhas descoladas. Assim, a USP vai caindo a cada ano. Já é a de número 84 entre as melhores universidades do mundo. E este ano, 2021, caiu 10 pontos nos estudos clínicos. É uma lástima e vai continuar assim em queda livre. Que venham agora os patrulheiros me questionar. Mas que sejam razoáveis. Que pelo menos saibam escrever.

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