São Paulo tem primeiro final de semana sem restrição de horário ou limite de ocupação

Bruce Petersons
Bruce Petersons

Sem medo de ser feliz, uma multidão voltou a tomar conta de um dos pontos mais badalados na noite paulistana: a Vila Madalena. Ruas movimentadas, bares lotados — alguns superlotados, com gente nas calçadas. Foi como uma volta aos tempos pré-pandemia. Mas muitos mascarados lembravam que a Covid-19 ainda é uma ameaça a saúde dos brasileiros. “E as pessoas estão, assim, como se tudo estivesse normal. Como se a vida continuasse normal. E estamos, também, em plena pandemia”, afirmou uma cliente. Encontrar velhos amigos ou fazer novos foi motivo de muita comemoração. “A gente estava com muita saudade de poder estar aqui, compartilhando com os amigos, conversando”, disse outro consumidor.

“A gente tem que volta a vida, nós precisamos trabalhar. A vida não para e as contas continuam chegando. Sem trabalho a gente não chega em lugar nenhum”, completou um empresário da região. O primeiro fim de semana em que bares e restaurantes funcionaram sem restrição de horário ou limite de ocupação foi uma injeção de ânimo para o setor que espera que os tempos difíceis fiquem para trás. “Muitas pessoas perderam tudo o que elas tinham, porque os bares e restaurantes foram muito prejudicados. Ficamos no abre e fecha, abre e fecha.” Os empresários tem na ponta da língua a receita para manter o negócio em plena atividade. “A gente tem que ser consciente, trabalhar dentro dos protocolos de higiene para não ter contaminação.”

Os clientes aprovam. “Os bares estão cumprindo bem as regras de distanciamento, toda mesa tem álcool em gel, os garçons estão com máscara.” O empresário ainda acrescentou. “Acho que isso vai ser uma grande coisa, nós vamos ter um mundo melhor. As pessoas vão repensar tudo o que aconteceu e questionar o que a gente está fazendo de errado. O que nós podemos fazer para ter um mundo melhor?” A flexibilização da atividade de bares e restaurantes foram autorizadas após 100% da população adulta ter recebido ao menos uma dose de vacina contra a doença, mas a Prefeitura manteve obrigatório o uso de máscara e a adoção de medidas para evitar aglomerações.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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