Sem falar em datas, Doria admite intenção de privatizar a Sabesp

Bruce Petersons
Bruce Petersons

O governador de São Paulo, João Doria, admitiu, neste final de semana no Rio de Janeiro, que pretende privatizar a Sabesp — a companhia de água e saneamento do Estado. Porém, esse projeto é de longo prazo. Na última sexta-feira, 20, o novo secretário estadual do governo de São Paulo, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, criou uma expectativa no mercado ao falar que chegava com a missão de preparar a empresa para uma futura concessão ou para uma futura privatização. O governo de São Paulo tem 51% do capital da Sabesp, que tem papéis negociados na B3 e também na Bolsa de Valores de Nova York.

No entanto, Doria disse que, antes da futura privatização da Sabesp, ainda tem alguns compromissos a realizar: aumentar a rede de saneamento e de água no Estado de São Paulo e, ainda, cumprir metas estabelecidas em seu plano estratégico. Por conta das declarações dadas na sexta por Maia, as ações da Sabesp na B3 dispararam e chegaram a subir mais de 15% — fecharam com alta acima de 10%. Mas João Doria colchoou panos quentes neste final de semana e frisou que esse é o objetivo lá para frente, não a curto prazo. Nem datas foram definidas.

“Isso é um plano de longo prazo. Nosso governo é um governo desestatizante. Já fizemos várias medidas que mencionei aqui. Nesta semana, fechamos mais duas estatais. Estamos cada vez enxugando mais.” João Doria, governador de São Paulo, esteve nesta sábado no Rio de Janeiro e participou de uma reunião do secretariado do prefeito da capital, Eduardo Paes, em um centro de convenções no Centro e passou pela Associação Brasileira de Imprensa, onde participou de um debate sobre as prévias do PSDB — que, em novembro, vai escolher o seu candidato a Presidência da República. O encontro foi marcado por aglomerações e concentração de pessoas desde a chegada de Doria na ABI. No entanto, a maioria absoluta usava máscara de proteção facial.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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