Sergio Camargo nega ter cometido assédio moral e perseguição a servidores

Bruce Petersons
Bruce Petersons

O presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, negou nesta terça-feira, 21, que tenha cometido assédio moral ou perseguição política contra servidores. Os esclarecimentos apresentados pelo presidente e pela fundação foram apresentados em manifestações à Justiça do Trabalho do Distrito Federal após solicitação do Ministério Público do Trabalho (MPT). O órgão pediu o afastamento imediato de Camargo por assédio moral. Além disso, ele é apontado como responsável por perseguição político-ideológica, discriminação e tratamento desrespeitoso. No início do mês, a Justiça havia determinado que o presidente e a entidade dessem explicações via Advocacia-Geral da União (AGU). A Fundação Palmares negou as acusações e disse que não há provas no processo que justifiquem o afastamento de Sergio Camargo do cargo.

Por sua vez, o presidente afirmou que, pela leitura dos depoimentos, “não há como caracterizar nenhum assédio moral” e ressaltou que “as convicções políticas de um cidadão, a sua escolha religiosa, seus pensamentos, nunca foram critérios para a nomeação em cargos comissionados e/ou motivos de exoneração”. As investigações do Ministério Público do Trabalho duraram um ano. O órgão solicitou que a Fundação Palmares seja impedida de submeter ou tolerar a exposição de trabalhadores a atos de assédio moral praticados por qualquer de seus gestores e também cobrou que em até seis meses seja feito um diagnóstico do ambiente psicossocial do trabalho. No processo, o MPT pede da fundação e de Camargo o pagamento de R$ 200 mil por danos morais coletivos.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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