Sri Lanka investe na fabricação de caixões de papelão com alta de casos da Covid-19

Bruce Petersons
Bruce Petersons

Com alta de casos da Covid-19 e quase oito mil mortes causadas pela doença desde o início da pandemia, o governo do Sri Lanka começou a investir na fabricação de caixões de papelão feitos com material reciclável. Na última semana, o país teve a maior média de mortes diárias por causa da doença, com 198 óbitos, o que faz a média diária de mortes gerais quase dobrar. “Para fazer 400 caixões você precisaria derrubar entre 240 e 300 árvores diariamente. Para evitar essa destruição ambiental eu propus esse conceito”, explicou Priyantha Sahabandu, membro do conselho municipal da cidade de Dehiwala-Mount Lavinia, cidade do distrito de Colombo, à agência de notícias Reuters.

Além do impacto ambiental, a criação dos caixões diminui em até seis vezes o valor investido por famílias de baixa renda na hora da morte de um ente querido. Enquanto um ataúde tradicional custa, em média, 30 mil rúpias cingalesas (equivalente a R$ 780), um de papelão vale, em média, 4,5 mil (equivalente a R$ 116). Os equipamentos aguentam até 100 quilos e cerca de 500 já foram produzidos desde o início da pandemia. Segundo o governo local, a maior parte da população apoia a ação. A alta de casos no Sri Lanka fez com que o governo anunciasse um lockdown total de 10 dias em 20 de agosto. Na ocasião, apenas os serviços essenciais do país de 22 milhões de pessoas poderiam funcionar. De acordo com dados locais, 25% da população foi completamente vacinada até o momento.

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