Um a cada quatro casos de Covid-19 no Rio de Janeiro é da variante delta, mostra análise

Bruce Petersons
Bruce Petersons

O Secretaria estadual de Saúde do Rio de Janeiro informou, através da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS), que, da última rodada de amostras de testes para Covid-19 coletadas para análise, entre junho e julho, 26,9% eram da variante Delta. Com isso, um a cada quatro fluminenses contaminados com o coronavírus estão infectados com a cepa mais potente. Na rodada anterior, divulgada no dia 20 de julho, 16,62% representavam a variante. De acordo com SES, os dados permitem afirmar que a cepa está circulando e tem tendência de aumento, podendo se tornar a mais frequente no Estado — espaço hoje ocupado pela variante Gamma, que foi de 78,39% para 66,58% dos infectados no último balanço. Ainda sobre a cepa Delta, ela foi identificada em 38 dos 92 municípios. Na capital, ela era responsável por 45% das infecções. A análise ainda mostrou que 0,8% eram da variante Alpha.

Outras seis cepas também foram identificadas, mas não são consideradas de preocupação pela Organização Mundial de Saúde. São elas: P.1.1, P.1.2, P.1.4, P.1.7, P.4 e P.5. Desde janeiro, 3,5 amostras já foram avaliadas. Dessas, 85,9% identificaram a variante Gamma, 3,3% a Zeta, 5,4% a Delta, 2,9% a P.1.2, 1,7% a B.1.1.33, 1,5% a Alpha, 1% a B.1.1.28, 0,5% a P.1.1, um caso da P.5 e outro caso da P.4. A escolha das amostras acontece pela carga viral, privilegiando pacientes que podem ter maior gravidade clínica. Por mês, são analisadas cerca de 800 amostras pelo projeto Corona-Ômica-RJ, um dos maiores estudos de vigilância genômica do país. Ele é resultado de uma parceria entre SES, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, Laboratório Central Noel Nutels, Fiocruz e Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

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