Vacinas que foram vetadas por suspeita de substâncias anormais no Japão tinham partículas de aço, diz Moderna

Bruce Petersons
Bruce Petersons

Uma análise feita em amostras dos lotes das vacinas da Moderna contra a Covid-19 produzidas na Espanha e suspensas no Japão por causa da presença de “substâncias anormais” detectou partículas de aço nos imunizantes. A informação foi dada pela própria empresa responsável pela fabricação das doses, que acrescentou que a anomalia não representaria qualquer risco à saúde do público. “A baixa presença de partículas de aço nas vacinas não representa um risco indevido para a segurança do paciente e não afeta adversamente o perfil de risco e benefício do produto”, diz comunicado divulgado pela Moderna em parceria com a farmacêutica Takeda. Um relatório da marca aponta que a causa provável dos vestígios de aço achados nas vacinas foi uma falha técnica na linha de produção, que fez com que atritos nas máquinas liberassem as partículas que caíram nas doses distribuídas. Investigações independentes do governo japonês mostraram que as partículas estranhas eram de aço inoxidável tipo 316, material comum em indústrias alimentícias e farmacêuticas.

O comunicado da Moderna também aponta que uma reação local pode ocorrer por causa das partículas, mas disse que a possibilidade de qualquer efeito adverso é quase nula. Ao todo, 1,63 milhão de doses foram suspensas após os corpos estranhos serem encontrados em pelo menos 39 frascos aplicados em diversas partes do país. O governo japonês também deve abrir uma investigação formal para apontar se a morte de uma pessoa vacinada com um dos três lotes suspensos por causa das anomalias foi causada pelas partículas. As farmacêuticas afirmaram, porém, que não há qualquer prova que relacione os fatores. Segundo dados da plataforma Our World In Data, 131 milhões de doses foram aplicadas no país até o momento e 46,3% da população local está totalmente vacinada.

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