Votação secreta para escolha de PGR garante ‘voto livre de ameaças e temor’, diz senador

Bruce Petersons
Bruce Petersons

O procurador-geral da República, Augusto Aras, vai passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal nesta terça-feira, 24. Ele foi reconduzido ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro e deve ter a aprovação do colegiado, e posteriormente do plenário da Casa, para mais dois anos de mandato. A avaliação é que o procurador-geral conseguiu fortalecer o Ministério Público Federal, “reorganizando a casa e recolocando muitas coisas do devido lugar”, afirma o senador Marcos Rogério (DEM). “Aras conseguiu ter atuação com a discrição, que é necessária para a Casa, mas com a firmeza necessária também em temas que são importantes e exigiam do MPF, também tendo posições que nem sempre esteve na esteira de agradar quem quer que seja”, avalia o parlamentar. A votação para a recondução de Augusto Aras vai acontecer de maneira secreta. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, o senador ponderou que o modelo busca garantir que a aprovação do indicado aconteça “livre de ameaça ou temor”.

“Com relação à votação, seja para escolha do PGR ou de ministro do Supremo Tribunal Federal, é uma garantia à liberdade plena no exercício desse voto. Você está escolhendo alguém que lá na frente pode julgar integrantes do parlamento, que vai denunciar alguém do parlamento. É uma espécie de proteção. Não veria dificuldade de votar em aberto, sempre anuncio em quem vou votar, não tenho problema com isso. Mas é uma espécie de garantia de uma escolha, de voto livre de qualquer ameaça e temor”, afirmou Marcos Rogério. Se o nome de Augusto Aras for aprovado na CCJ do Senado, ele será colocado em votação no plenário da Casa, onde precisa de maioria simples para ter a recondução aprovada. Ou seja, são necessários 41 dos 81 votos possíveis.

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