Malformação fetal: como lidar com os aspectos emocionais do diagnóstico? Saiba mais sobre

Bruce Petersons
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Dra. Thaline Neves orienta que, diante de um diagnóstico de malformação fetal, é fundamental oferecer apoio emocional e psicológico aos pais.

Receber o diagnóstico de uma malformação fetal pode ser uma experiência avassaladora para os pais. Conforme ressalta a Dra. Thaline Neves, especialista em medicina fetal, esse momento exige não apenas acompanhamento médico, mas também suporte emocional para ajudar a família a enfrentar os desafios que virão. Com isso em mente, neste artigo, abordaremos os principais aspectos emocionais e os recursos disponíveis para auxiliar os pais nessa jornada. Logo, continue lendo para entender como buscar apoio e tomar decisões mais conscientes.

Como o diagnóstico de malformação fetal impacta os pais emocionalmente?

A descoberta de uma malformação fetal pode desencadear uma série de emoções intensas, como medo, culpa, tristeza e incerteza, de acordo com Thaline Neves. Desse modo, é comum que os pais se sintam perdidos e questionem se fizeram algo errado durante a gestação. No entanto, é importante lembrar que a maioria das malformações ocorre por fatores genéticos ou aleatórios, sem relação com comportamentos da mãe ou do pai.

Aliás, o luto antecipatório também pode surgir, especialmente quando há prognósticos mais graves. Nesses casos, o acompanhamento psicológico se torna determinante para ajudar os pais a processar as emoções e se preparar para os próximos passos. Inclusive, grupos de apoio e terapia especializada são recursos valiosos para evitar o isolamento e fortalecer a resiliência emocional.

O papel do suporte médico após o diagnóstico

Além do suporte emocional, o acompanhamento médico é fundamental para garantir os melhores cuidados possíveis ao bebê. Portanto, uma equipe multidisciplinar, composta por obstetras, geneticistas, neonatologistas e outros especialistas, deve ser envolvida para avaliar o caso e orientar os pais sobre as opções disponíveis.

Exames complementares, como ultrassonografias detalhadas, ressonâncias magnéticas e testes genéticos, podem ajudar a entender melhor a condição do feto. Segundo a Dra. Thaline Neves, essas informações são cruciais para definir um plano de tratamento, que pode incluir intervenções ainda durante a gravidez ou preparativos para o parto e os cuidados neonatais. No final, a transparência e a comunicação clara por parte dos médicos são essenciais para reduzir a ansiedade dos pais.

Quais são os recursos psicológicos disponíveis para os pais?

O diagnóstico de uma malformação fetal pode deixar os pais em estado de choque, e o suporte psicológico é um pilar importante nesse processo. Isto posto, muitos hospitais oferecem serviços de psicologia perinatal, especializados em auxiliar famílias que enfrentam gestações de alto risco ou complicações fetais. Além disso, terapias individuais ou em grupo podem ajudar os pais a:

  • Expressar suas emoções sem julgamentos, reduzindo sentimentos de culpa ou impotência.
  • Desenvolver estratégias de enfrentamento para lidar com a ansiedade e o estresse.
  • Preparar-se para decisões difíceis, como intervenções médicas ou cuidados paliativos.
Malformação fetal: Dra. Thaline Neves explica que acolhimento e informações claras ajudam as famílias a enfrentar esse momento delicado com mais segurança.
Malformação fetal: Dra. Thaline Neves explica que acolhimento e informações claras ajudam as famílias a enfrentar esse momento delicado com mais segurança.

Sem contar que, a participação em grupos de apoio com outras famílias que passam por situações semelhantes também pode trazer conforto e um senso de comunidade, como comenta Thaline Neves.

Como buscar informações confiáveis sobre a condição do bebê?

Em meio a tantas incertezas, é natural que os pais queiram buscar informações sobre a malformação diagnosticada. Entretanto, é importante recorrer a fontes confiáveis, como médicos especializados e instituições reconhecidas, para evitar desinformação, conforme enfatiza a Dra. Thaline Neves. 

Tendo isso em vista, plataformas como hospitais universitários e associações médicas costumam oferecer materiais atualizados e baseados em evidências científicas. Ou seja, evitar a automedicação ou decisões baseadas em relatos isolados da internet é crucial. Pois, cada caso é único, e apenas um profissional qualificado pode orientar sobre os melhores caminhos a seguir.

Quais são os próximos passos após o diagnóstico?

Por fim, após o choque inicial, os pais devem trabalhar em conjunto com a equipe médica para definir um plano de ação. Com isso em mente, algumas das etapas importantes incluem:

  • Realizar todos os exames recomendados para confirmar o diagnóstico e entender o prognóstico.
  • Discutir as opções de tratamento com os médicos, incluindo possíveis cirurgias intrauterinas ou cuidados pós-nascimento.
  • Preparar-se emocionalmente para os diferentes cenários, buscando apoio psicológico se necessário.

Manter uma comunicação aberta com os profissionais de saúde e buscar redes de apoio pode ajudar a enfrentar esse período com mais segurança.

Enfrentando o diagnóstico com informação e apoio confiáveis

Em última análise, lidar com o diagnóstico de uma malformação fetal é um desafio que exige suporte médico, emocional e informacional. Dessa maneira, contar com uma equipe multidisciplinar e recursos psicológicos faz toda a diferença para os pais nessa jornada. Logo, embora o caminho possa ser difícil, é possível encontrar força na informação correta e no apoio de profissionais e outras famílias que passam por experiências semelhantes. Portanto, o mais importante é não enfrentar essa situação sozinho e buscar todos os recursos disponíveis para tomar decisões conscientes e cuidadosas.

Autor: Bruce Petersons

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